O ELIXIR DO AMOR

As asas de bronze, abrindo, o Pelicano

Ao vítreo seio recolhe os pequeninos

que alimenta com sangue de arcano

em travessa mentira de meninos...

A Salamandra quente em fogo brando

guarda no ventre o Mestre aprisionado

Fermenta a ciência o vinho eternizado

em licor nos sete potes derramando

Enfim, vencendo o ouro a negritude

o Elixir finalmente terminado

No trabalho da eterna juventude

O estudante zeloso e aplicado

verá o pó na tampa do ataúde

com sorriso irônico e aliviado...

Porto Alegre-RS, 1997

Attilio dos Santos Oliveira
Enviado por Attilio dos Santos Oliveira em 19/06/2020
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