LOVE, LOVE

Há uma certa singularidade em amar.

Quando estamos apaixonados percebemos o mundo por outros olhos.

É como se colocássemos uma lente, para que não mais enxerguemos a dor derredor.

É como estar em harmonia com nossa própria natureza, seja ela qual for.

É tocar a amada, como um artista rabisca sua inspiração pelos perímetros de um desenho ainda não terminado.

Onde ele coloca a própria alma, deliciando-se de um beijo na ponta do lápis.

Como se pudesse sentir o desenho retribuir com tal graça esse beijo que ele refina-se do mais puro prazer.

Oh! Mas que prazer é sentir esse toque, algo que só quem ama ou já amou pode sentir.

O tocar dos lábios serenos sob a mais pura e delicada malha que são os lábios da amada.

O sentir-se pleno e leve ao mesmo tempo firme e solido. Como o encaixe perfeito de duas peças.

O amor como a arte é deliciar-se da mais saborosa fruta.

É sentir o seu gosto espalhar-se doce por sua boca.

É sentir a pele lisa e suave ao tocar o corpo da mulher que deixa levar-se por seu coração.

Oh! O que seria de mim sem provar de tão pura emoção, e tão esplendoroso prazer.

Jean Moryart
Enviado por Jean Moryart em 02/07/2020
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