Amar Para Além Da Vingança
Que morra quem da dor d´amar se vinga,
Acusando de infidelidade o amor que teve,
Confessando-se como um pecador neste amar,
E julgando-se pecador quando houvesse amado.
Não que se suicide, nem que sofra homicídio,
Como muitos, neste mundo, o fizeram,
Mas que encontre como se deve o amor certo,
Que cure aquela dor, génio de vingança, em si.
E nada em vida ache tão fácil quanto morrer,
Por uma causa nobre que é, de facto, amar.
Sentimento puro quanto devaneio, qual divindade,
E de sofrer pare, assim como Deus ao sétimo dia,
Que coisas do mundo dispensou e relaxe tomou.
Porque nada em vida se apresenta, assim, facílimo,
Nem aquela dor, que sempre esteve presente,
Fingindo surgir do nada, com sua causa passada.