O príncipe que mora alí
Peregrina caminhava
Se arrastava
Abrigo buscava
Lhe pediu em oração
Pediu ao pai graça
Ajuda nessa desgraça
De estrada da solidão
Caminhando por um vale
Avistou uma pastagem
Um príncipe caminhava ali
Ela tomou coragem
Transcendeu o “ Ar de Miragem”
Resolveu prosseguir
Quando chegou mais perto
Viu que era concreto
Quando ele a fez sorrir
Peregrina o que tens?
Perguntou a si mesma
Viste que é da realeza o príncipe que mora alí?
Seus olhos me fizeram viajar
A terras que nunca sonhei pisar
Sua doçura mostrou-me que necessitava de companhia nessa estrada
E o que o que vivi não era nada
Comparado aquele lugar
Tal figura da realeza não olharia para mim
Amém?
É o fim?
Carrego na minha mochila bagagem
Na minha mente histórias
E no coração coragem para prosseguir
Quando ele falava rimava
Com cada palavra brincava
A peregrina amava
O fato de não parar de sorrir
Como pode gerar tanta alegria?
Antes um coração que só temia
E quando olhou-me
Encontrei o recanto de paz que necessitaria
Na angustia em demasia
Ele trouxe canção
Músicas e devoção
Ao pai da minha oração
Quanto a sua Hermosura
O que posso dizer?
É muito teor para mim, limitado ser
Tal escultura pôs-se ao meu lado
O que faria você?
Eu simplesmente não podia parar de ver
Como missão faze-lo compreender
Que demasiada arte é ao meu parecer
Sabedoria em seu silencio
Vigilância no proceder
Doçura em seus lábios
Leito do meu prazer
Dói pensar na ausência
Do meu príncipe bem querer
Se me esperas já volto
Agora a cada passo tenho a ti
Resposta aos meus clamores
Ajuda para seguir
Quanto a espera
Tranquilo!
Meu coração já reside aqui
Com o príncipe que mora alí.