Mora em mim

Faz da minha vida teu castelo

O mais simples e o mais belo

Sem muitas paredes, sem muros

Cheio de luz e sem cantos escuros

Traz na tua bagagem o desejo de recomeço

Mesmo com tuas feridas, abertas por todas as despedidas

Tenho as minhas.

Cuidaremos.

Vem com desejo de ocupar todos os cômodos

De escolher teu preferido

Sonhe em qualquer deles

Que eu velarei pelo silêncio enquanto te faço cafuné

Se acostume com o cheiro de café em qualquer hora da noite ou do dia

Com minha gargalhada, liberada mesmo sozinha

Com o barulho dos meus passos apressados e descalços

E com minhas poesias espalhadas em qualquer pedaço de papel

Estou pronta mesmo que não me acompanhe na constante insônia

Desde que me permita te ver adormecendo

Contemple as fases do teu sono pela tua respiração

Até que a ela a frequência de meu coração esteja ajustada

Numa cúmplice jornada de olhos abertos e fechados

Me alimenta.

Vem com teu senso de humor

Vem com teu senso de amor

Espalha tudo em mim

Em nosso abrigo de cumplicidade

Sem portas trancadas, sem cadeados

Nosso reino de afeto e felicidade.

Mora em mim.

Alda Guimarães
Enviado por Alda Guimarães em 23/08/2020
Reeditado em 23/08/2020
Código do texto: T7043762
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