Jardins sagrados (Caris Garcia)

Jardins sagrados

(Caris Garcia)

O fluxo de estações em simetria plena

Em escalas fora da órbita convencional

A estrela em todos os tempos se faz serena

Livre, apenas transcende seu dom natural

“Das poesias líricas que canto com placidez

Para que só tu ouças no sussurro dos ventos

O amor sagrado que te entrego toda vez

A verdade lúcida repleta do mais puro sentimento”

A ascensão da união jamais vista no passado

Pensamentos soltos na frequência exata

Perdemos o juízo em diálogos filosóficos abençoados

Quebramos paradigmas em exponenciais cascatas

Voamos sobre as tsunamis das marés

Fluímos nas ondas sublimes de luz

Vela acesa, vinho, papel, escrivaninha e café

Jardins sagrados de lavanda, violetas azuis

“Vejas apenas a verdadeira natureza

Além das etiquetas, afinados padrões

Estereótipos, ritos, capas e certezas

Soltas os rótulos, corpos e sensações “

Nossos rios, nascentes e cachoeiras

Já fundidos em oceanos de ternura

Iluminando o horizonte de cerejeiras

Como os balés de golfinhos, a alegria mais pura

“Arrebatando o justo que em ti habitas

Na infinita ascensão da onipresença

Entregando-te a alma na carta manuscrita

Ah! O teu sorriso... A tua alegria é minha recompensa...“

O presente de apenas ser, o que fato se é

Seguir polindo os diamantes da paciência

As verdades ocultas nas entrelinhas, em notas de rodapé

“Mantenhas a calmaria em união com a voz absoluta da prudência “

No centro escarlate absoluto, nosso ninho

O silêncio da bonança que se faz

Onde nos libertamos das ilusões do caminho

O ápice de teu clamor, querendo de mim, sempre mais

O movimento, em engenhosa perspectiva

De nossos universos tão experimentais

Novas sementes que em mim, cultivas

No palco de rosas, entregamos corações e nossos sais

...

Derramamos as sementes da luz, paz, vida...

Porque somos o verbo, os escribas do infinito

Somos a paisagem, o pincel, a paleta atrevida

Somos a música e as cordas de um violino bendito

“ Somos as raízes dos gloriosos agricultores...

Nosso elo são asas abertas e livres ao esplendor

O conforto e equilíbrio de extasiados criadores

Onde reinam fidedignos os originais do amor...

(Somos a terra fértil, das flores, o perfume

Os banhos na chuva, as danças vulcânicas na fogueira

Abraços eternos, excêntricos costumes

“Emergidos das águas na flor de lótus, abençoados por ... Nefertum, Hórus e Gaia, a Jardineira,...“)

http://carisgarcia.blogspot.com/

Caris Garcia
Enviado por Caris Garcia em 27/08/2020
Código do texto: T7047537
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.