Estradas das Inquietações

Estradas das Inquietações

Para Maria sonhadora o mundo era uma bolha

Achava as flores bonitas, mas não cultivava, sabia que não sabia cuidar.

Dentro dela estava eu imperfeita

Sangrava

Era azul a cor que ainda ela enxergava o céu

Mesmo inundada de dor

Alguém perfurou o mais íntimo incrédulo dentro das ruínas.

O que existia dentro dela

Quando um certo alguém conheceu o outro lado a ruína, o deserto, o escuro, a sombra...

Hesitou, retornou...

As ruinas foram se tornando trevas

Alguns anjos sem ao menos conhecer a sua ruína foram de alguma forma percorrendo o caminho e foram acendendo alguma luz.

Uma vela

Não queria Maria que fosse a da morte

Ainda respiravam meus filhos

Eu na inércia dos comprimidos eles me dopam, não sei se é assim que quero viver.

Maria era comprimida pelas mãos de um gigante

Sangrava

Era azul ainda a cor que ela enxergava o céu

O sol ainda brilhava

Ele estava lá

Os anjos também eram sinal de Deus

Maria assustou com as trevas, as ruínas, que percorria seu interior.

Quando resolveu falar percebeu que ninguém era obrigada caminhar nessas trevas.

Mas ela não negava que precisava de ajuda.

Só queria a sua mão.

Maria inundada em lágrimas

Sabia que só ela mesma era sua estaca

Mas sem força mesmo sabendo de tudo isso não conseguia

Para Maria sonhadora o mundo era...

Maria Cecilia Bosso

29/08/2020

15:11

Maria Cecília Bosso
Enviado por Maria Cecília Bosso em 29/08/2020
Código do texto: T7049556
Classificação de conteúdo: seguro