Poema – Verônica

Poema – Veronica

Havia algo em seus olhos

Era como admirar o brilho das estrelas

Ou a Poesia das constelações

Eu a amava

Tal como amo a imensidão do cosmos

Como se alguma coisa nos conectasse

Algo profundo e belo

Tal como eram os seus olhos...

As cicatrizes em seus braços

Eram Poesias escritas pela vida

Ela vivenciou os espinhos

Das rosas que enfeitavam o Jardim dos Deuses

Uma doce criança que teve a sua inocência

Roubada por homens que não se distingue de vermes

Ela cresceu conhecendo a dor

E fez dela a sua única amiga

Nas masmorras da sua própria prisão

Travou batalhas incansáveis

Contra a sua própria mente

Assombrada pela dor

Refugiou-se em alas psiquiátricas

Lá ela fez amizade com o próprio Diabo

Que a ensinou que a vida é feita de batalhas

E que até os Arcanjos caem

E a cada queda

Ela renascia das próprias cinzas;

Há muito tempo (...)

Partiram o seu coração

Os cupidos choraram

E pela primeira vez o universo

Transbordou-se em lágrimas

O coração partido

Há mudou completamente

Ela havia perdido a sua fé no amor

Mesmo tendo o universo em seus olhos

Ela não podia acreditar que a amariam

Tal como ela amou outro alguém

Então ela refugiou-se nas cinzas

Das quais um dia ela havia renascido

O Whisky e os remédios

Agora eram como a sua sombra

Mas estes, não a abandonavam na escuridão...

Quando eu a conheci

Sabia que poderia amá-la com todo o meu coração

Talvez as nossas almas

Já houvessem se amado no passado

Eu queria abraça-la

E salva-la de sí mesma

Os Sofistas e os Poetas gregos

Acreditavam que só existia um único remédio

Para um coração partido

Um amor capaz de reunir

As duas partes de um coração

E como os versos de uma Poesia

Que se encaixa perfeitamente

Na mente de um Poeta

Nossos corações uniram-se como um só;

Hoje ela transforma as suas cicatrizes

Em versos escritos com sangue

A dor que um dia a feriu

Hoje a inspira a escrever

Eu diria que Sylvia Plath

E Verônica Corrá

Eram as mesmas pessoas

Vivendo em épocas e corpos diferentes

Tal como o Universo

Vivia em seus olhos (...)

- Gerson De Rodrigues

Gerson De Rodrigues
Enviado por Gerson De Rodrigues em 07/09/2020
Código do texto: T7057608
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