Ternura de um patife
Você me oferece o seu sorriso,
Não sei se alguma vez mereci.
Eu tento retribuir...
Eu devo ter um rosto velhaco,
Que não expressa ternura.
Que não faz de mim, além de uma criatura.
Acredito, que no fundo eu não me ajude.
Seja o olhar triste, ou o rosto patife
Que não mostram o carinho que te sinto.
Mas, somente por você eu forço os músculos,
Desde a mandíbula, até discretos pés de galinha.
Ainda que meu amor por você pareça estar num labirinto.
Eu sei que pareço um monstro da caverna
Que encara o seu afeto, como a primeira chama.
Porém, ainda que eu não faça mais do que bater nas pedras,
De alguma forma, é uma canção pra você.
Lamento não saber ser mais terno,
Mas, sinto que o que sinto é eterno.
Ainda que eu não passe de uma criatura,
Os meus olhos jamais lhe negarão ternura.