ENTRE GIRASSÓIS E ROSAS

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Carrego no colo como os filhos que embalei carinhosamente,

Presente da vida, incessantemente quente, onde veem vento,

Vejo o que vivemos, temos assuntos, não conversamos mais.

Tem filme passando vinte e quatro horas por dia, triste ironia,

Não assistimos mais, perto do semáforo vendem os girassóis

Que tantas vezes comprei, passou a receber rosas orgulhosa.

Tem roteiro novo sucedendo histórias mal contadas, as fadas

Conduzindo a novos finais felizes, deslizes que geram risadas,

Nada como estar de bem com tudo e sortudo quem consegue.

Não se apegue a pequenas particularidades, são as metades

Que não encontraram a outra parte, descarte é fim inevitável,

É provável que não fiquem vestígios, mas, é bom se precaver.

Vai saber se amanhã a chuva virá forte, se um corte se abrirá,

Quem abrigará os que perderem suas moradas, luvas usadas

Caberão nas mãos certas e algumas eu conheço em detalhes.

Sérgio Sousa
Enviado por Sérgio Sousa em 11/09/2020
Código do texto: T7060671
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