O SONETO FALA
Falo por mímicas, porque minha voz falta;
Falo com os olhos para disfarçar a timidez;
Falo com poesia para trazer nitidez.
Falo assim, sem roteiro e em voz alta.
Ouço minha voz que pelo vento salta;
Pausada voz, ciente da rigidez;
Voz que expressa tamanha estupidez;
De falar do amor profundo, que a tantos exalta!
Por que falar do submundo,
De uma necessidade vivida,
Do amor que há no mundo?
Às vezes o amor causa ferida;
No contexto mais profundo;
Porque faz parte da vida.