Te quero

Ainda que seja só um vez

Que não seja duas, nem três...

Ainda que a tortura do tempo me consuma

Nas noites quentes e nas frias também e

No silencio da saudade,

Na solidão da cama, te desenho

No âmbar da noite, sobre o papel dos meus pensamentos

Jogo com o contraste, luz e sombra

Ponto sobre ponto,

buscando tuas nuances.

Teu desenho me fascina

Teu olhar me domina

Teu cheiro me impregna

Meu coração dispara

Minhas mãos buscam a tua tez

O som da tua voz preenche meu ser

No vazio do meu abraço

Percebo-me em devaneio

Desejo da tua presença

Ainda seja, só uma vez

Que não seja duas, nem três