A ROSA E A BORBOLETA

Os espinhos da rosa,

não impedem a aproximação da borboleta,

Que na sua beleza narcisista,

Para de se admirar ao ver a rosa no jardim.

Histórias sofridas, memórias de dores e casulos,

desejos e lampejos de vidas machucadas e solitárias,

Que despidas do falso moralismo,

vão além do que compõe seus corpos.

Como borboleta tu repousastes em mim,

sem se importar com meus espinhos.

Preferiu ficar, não teve medo

da dor que posso causar.

Te vi sorrir, me fez sonhar.

Soubestes amar a beleza e a essência da flor.

Soubestes vibrar na suavidade do perfume.

Soubestes entender a diferença do toque

e a sutileza das pétalas...

Me seduziu com sua beleza exótica,

Me conquistou com o brilho das suas asas,

Me levou a flutuar na liberdade do seu ser.

Vidas e essências distintas,

que se encontram no acaso,

Para tão somente viver uma paixão,

um momento, uma conexão,

Unidos na plenitude de um vôo singular,

De almas que se entendem e se reconhecem...

Li Falcão
Enviado por Li Falcão em 08/10/2020
Reeditado em 08/10/2020
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