Noturnos


Noturnos de Chopin, na noite fria.
Minha alma envolta em gélida amargura.
Em cada nota a atroz melancolia,
Oprime o peito, a triste partitura.

Oh! Deborah, gentil, adolescente,
Dos áureos tempos de ventura plena
Divino céu se abrindo, permanente,
Em tênue cor de lírio e de açucena.

Teus olhos puro mel, em luz e tom
Ternura em pingo de dulçor assim.
Profundo olhar de leve ouro e marrom
Impregnado eternamente em mim.

Oh! Deborah, meu terno amor antigo
Perdido em brumas, quase esquecimento...
Por longas noites penso estar contigo
Um louco sonho, um débil pensamento.

O tempo a tudo vence e predomina,
Atemporal, o amor é eterno. Assim,
Que embora sendo pálida e hialina,
A imagem tua permanece em mim.

Escrito em julho/2020
Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 11/10/2020
Código do texto: T7084806
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