AMOR NA DOBRA DO TEMPO

É uma mistura de incenso e suco gástrico,

quando se abre o jornal pela manhã.

E inesperadamente entre talheres e restos,

entre classificados e decadência estética,

a ausência se torna saudade e pensamento,

porque os nomes se tornam coisas,

e as coisas, futuros fantasmas perdidos.

Como o espaço é dobra e nesta sala,

convivem almas e projetos de tempo,

não esqueço nem desprendo lamento,

já que amanhã será o jamais posto,

e hoje é hora de ser como o vento.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 19/10/2020
Código do texto: T7091394
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