NASCER, CRESCER, PERDER-SE E, SÓ ENTÃO, MORRER.
Destino sem baliza, vida sem morada,
a janela da oportunidade apresenta-se fechada.
Beco sem saida, em uma existência arriscada,
a alegria já encontra-se adormecendo debruçada.
Ânimo desfalecido, pernas fraquejadas,
se a vida nega-me a morte já é esperada.
Situação incômoda, angústia desenfreada,
se minha presênça tornou-se um estorvo,
então regurgite esta companhia indesejada.
A um coração ignóbil, palavras, em vão são lançadas;
perdão, resignação, nada cura a alma dilacerada.
Entretanto, apesar dos pesares, não me furtarei do prazer de na
minha lápide, exprimir-me por escrito que: aqui, eu jazo. Contudo,
fui um homem em que a volúpia foi meu bom vício; a paz, o meu princípio; e, viver, foi só amar.