NASCER, CRESCER, PERDER-SE E, SÓ ENTÃO, MORRER.

Destino sem baliza, vida sem morada,

a janela da oportunidade apresenta-se fechada.

Beco sem saida, em uma existência arriscada,

a alegria já encontra-se adormecendo debruçada.

Ânimo desfalecido, pernas fraquejadas,

se a vida nega-me a morte já é esperada.

Situação incômoda, angústia desenfreada,

se minha presênça tornou-se um estorvo,

então regurgite esta companhia indesejada.

A um coração ignóbil, palavras, em vão são lançadas;

perdão, resignação, nada cura a alma dilacerada.

Entretanto, apesar dos pesares, não me furtarei do prazer de na

minha lápide, exprimir-me por escrito que: aqui, eu jazo. Contudo,

fui um homem em que a volúpia foi meu bom vício; a paz, o meu princípio; e, viver, foi só amar.

Elton Diniz Pacheco
Enviado por Elton Diniz Pacheco em 26/10/2007
Reeditado em 26/10/2007
Código do texto: T710956