ZALDA 11/11/1981 SONHOS OBSCENOS

Lembro me bem, que na noite do sábado, catorze de novembro, nós estávamos todos ali na pracinha dos ‘skates’, uma turma de dezoito pessoas; certamente num devido contemplar de vida, coisa que se tornará rotina em nossas remotas vidas, dentro daquele ano, mas ali naquela praça às duas meninas, que sempre apareciam na praça, como se estivessem marcando ponto, não apareceram naquela noite, e o rapaz apaixonado, não estava se sentindo confortável, algo o incomodava, o deixando em um total desconforto, além disso, ele estava incluso para ir numa excursão, excursão está, que sua paixão e sua prima, diziam, que iriam também, sendo que a mesma estava prevista para sair às 5:00Hs da manhã.

Fora assim meio desiludido, que o rapaz, que se encontrava hiper apaixonado saíra dali, e adivinhem quem o acompanhava: ele mesmo (ROBERTO) O Negrão, o qual, havia se tornado na época seu amigo inseparável, o qual também iria à excursão, prá praia.

Os dois passaram na caminhada pela padaria Real, a qual era padaria ainda na época e seguindo, logo ao lado da mesma chegaram no Prédio 52 da Rua Alfonso Bovero, (prédio este da recente falida Rede Tupi de televisão, ao passarem por aquela área da referida rua de grande movimento, os dois se depararam com seu posterior amor e sua amiga, elas estavam ali em mil e um sorrisos, sentadas nas escadas do edifício, dialogando com uma meninota e dois rapazes, os quais eram amigos delas, mas desconhecidas para eles, mas mesmo assim ele (O apaixonado), se assim ele se aproximou e de apresentou, depois ficou sabendo naquele mesmo momento, que os três também iriam… e satirizando ele Makleger disse a Zalda:

__ Eu não vou… pois, você não vai?

Ela com um jeito de menina safada, toda exuberante, num sorrindo aberto de santa sapeca, aquele tipo de menina que se acha ser a bolacha sabor de mel além, olha prá amiga, como se estivesse dizendo:

Eu sou mais eu, aquele olhar místico, que dizia com todas as letras para um bom entendedor, “como sou a poderosa…”

Como se quisesse dizer, com aquele jeito de menina agrestiana safada, que apesar de ser mulher e fazer os homens babarem, tinha também o poder de conseguir o que quisesse no mundo, e disse:

____ Talvez eu vá…

Abaixou a cabeça, com aquele ar de sorriso sarcástico, como se quisesse esconder o sorriso maléfico de uma mulher perversa e atrevida, algo que eu não entendera na época, pois ela, em tantas horas se demonstrava ser uma menina da cidade grande, oras uma garota do agreste (digo isso, porque ela nasceu e fora criada no sertão do ESTADO da BAHIA), fato que fiquei sabendo depois, a garota e os dois rapazes, que ali também se encontravam riam muito da pata-quadas dela, enquanto Júlia calada estava, calada ficou, ali no mesmo canto, onde continuava, num disfarce real de seu riso, que nem dava para disfarçar.

Logo em seguida, desci em sentido a minha casa na companhia do meu amigo negão(Roberto), que naquela noite, os dois aguardaram acordados até as 5:00Hs da manhã, fora assim que o sol aparecerá para se fazer presente, que lá estava eu, todo eufórico, quando apareceu ela acompanhada da Júlia, entramos no ônibus fretado e lá fomos nós curtirmos o nosso passeio, quando muito do escrito da poesia acontecerá durante o dia 15 e a poesia escrita nascera dois dias depois…

TÍTULO= SONHOS OBSCENOS 17/11/1981

Lá na praia eu vi, por ver

O corpinho dela na íntegra

Dentro de um pequeno biquíni

Oras verde, oras vermelho

Cores que me faziam

Em nítidos reflexos me perder

Dentro de um límpido espelho

Que iam e vinham, em minha mente

Num caminhar inebriante

Numa complexa viagem

Procurando numa esquina

Refazer se, em pequenos conselhos

Pois, elas trocam biquínis

Retocam em suas catraca

A maquiagem frequente

Para impor em um derivado compor

O tom vermelho de batom

Numa regente feminilidade

Para quando a água salgada bater

Num escaldante bate e rebate

Mostrar as suas curvas esculturais

Nas unhas a cor de seu esmalte

Em uma moda feita de florais

Que carrega aquele corpo moreno

Que parece ainda estar

Pelas mãos de Deus sendo esculpido

Dando ênfase aos meus pensamentos

Que parece ser no ar, o amor enviado

Por um anjo bendito cupido

Que quer influir o construir

Por pequenos momentos

Um castelo de sonhos obscenos

Em infiltradas quatro paredes

Onde, na verdade, se consome

Com o finito paladar de comida

Quando se tem, na verdade, a fome

Para abastecer o supremo ego da vida

A deslealdade de uma sede

Que transforma o meu brio em ferida

Numa complexa viagem

Feita em minha mente

Procurando numa esquina

Refazer me, em pequenos conselhos

Pois, elas trocam biquínis

Retocam em suas catracas

A maquiagem frequente

Para impor em um derivado recompor

O tom vermelho de batom

Numa regente feminilidade

Dentro de quatro paredes

Que me leva a sonhos obscenos:

Em aldravas de levianos tons

Feitos em ares serenos

Para matar a sua digna sede.

Título= SONHOS OBSCENOS

Autor Maklerger Chamas

Escrito em (LOCAL) RUA Ministro Gastão Mesquita, 538 antigo 552 PERDIZES São Paulo.

Data 11/11/1981.

Dedicado à Zalda Meire de Jeová.

Registrado na (B.N.B.)

Makleger Chamas
Enviado por Makleger Chamas em 25/12/2020
Reeditado em 11/05/2021
Código do texto: T7143713
Classificação de conteúdo: seguro
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