Marcas

O amor deixa marcas,

que nem mesmo o tempo,

pode apagar.

Atenua,

mas, quando de verdade,

jamais apaga.

O amor é como tatuagem,

marcada profundamente no peito.

Pode-se dele tentar fugir,

mas, inevitavelmente ele estará lá.

Mais ou cedo ou mais tarde,

quando a veste cair,

as marcas aparecem.

Às vezes adormecido,

tal e qual vulcão inativo,

á espera da fagulha a acender a erupção.

E nada pode contê-lo,

assim como a lava do vulcão que desce montanha abaixo.

Só nos resta assisti-lo,

render-se a ele.

Quantos passam pela vida,

sem experimentar um amor de verdade?

Amar de verdade,

é mais que uma concessão,

é um privilégio,

poucos são os escolhidos.

Isto mesmo, os escolhidos,

pois, para amar de verdade,

não te cabe escolher,

mas sim, por ele ser escolhido.

Fomos escolhidos,

adormecemos,

nos perdemos.

Te perdi.

Pra de novo,

nos achar.

Te achar.

És a marca mais profunda de meu ser.