Luas
Das mil luas que existem em mim
Não recordo vestida de qual delas te conheci
Mas lembro-me que uma delas o fez fugir
E outras tantas te volveram a mim
Volveste a mim de madrugada
Escondeste-te de mim ao entardecer
Minha presença te fez feliz na Alvorada
Angústias retornaram quando o Sol veio a incandescer
Hispano-luso-francos versos acodem às luas que renegas
Desdobrando-se em prosa, tentando permanecer corretos
Servem-me mil atenções sem receber, porém, nenhum afeto
Dizem-me ser qual curvas em concreto
Eu, Luas, de vulcões forjada
Tendo o amor como meu cetro