Soneto da Distância

Levo-te sempre nos meus passos

Incertos e ansiosos, na distância.

E quando te deleitas nos meus braços

Sinto minha, sua inconstância.

Quando chegas com esta ternura

Construída na ausência

E a entranha em mim, pura,

Sinto que tens, do meu ser, a essência.

Tuas mãos, o rumo da minha vida.

Teus olhos, luz do meu corpo em chamas.

Que eu não me sinta iludida,

Pelo seu corpo ardente e mãos insanas,

Mas sem você ando tão perdida!

E sobra tanto espaço em nossa cama...

Perla Madra
Enviado por Perla Madra em 14/11/2005
Reeditado em 14/11/2005
Código do texto: T71537