Infortúnio

Infortúnio

Do adeus que eu nunca poderei dar

Deixo a vontade do abraço no encontro.

Do beijo que eu nunca poderei esquecer

Deixo o desejo de voar pra reviver.

Da palvra maldita que eu nunca poderei calar

Deixo a revolta de um silêncio profundo que

Insiste em me fazer lastimar.

Do futuro que eu nunca nada poderei esperar

Deixo um presente opaco e tedioso por me saber

Existindo sem ti.

Da noite feliz que eu nunca poderei contemplar

Deixo um escuro medonho e frio sentido apenas

Por quem dorme e acorda

Sem ter o prazer de amar.

Analúcia Azevedo. 2004.

Analúcia Azevedo
Enviado por Analúcia Azevedo em 30/10/2007
Código do texto: T715766