Infortúnio
Infortúnio
Do adeus que eu nunca poderei dar
Deixo a vontade do abraço no encontro.
Do beijo que eu nunca poderei esquecer
Deixo o desejo de voar pra reviver.
Da palvra maldita que eu nunca poderei calar
Deixo a revolta de um silêncio profundo que
Insiste em me fazer lastimar.
Do futuro que eu nunca nada poderei esperar
Deixo um presente opaco e tedioso por me saber
Existindo sem ti.
Da noite feliz que eu nunca poderei contemplar
Deixo um escuro medonho e frio sentido apenas
Por quem dorme e acorda
Sem ter o prazer de amar.
Analúcia Azevedo. 2004.