Polaca

 
Hoje, consternado,
relembro o passado.
As noites de insônia,
polaca da colônia.
 
Dias que eu vivi
amor frenesi.
Brigas sem trégua,
tão curta era a régua
com que ela media
o bem que eu fazia.
 
Polaca da nhanha,
beleza tamanha
não sei de onde veio.
A alvura dos seios,
a pinta tão roxa
no meio da coxa.
 
Ai que me debato
lembrando esses fatos
de um cão e uma gata.
Na alcova da mata,
luxúria sem trégua,
um cavalo e uma égua.
 
 
_______
N. do A. – Na ilustração, Polaca de Guido Viaro (Badia Polesine, Itália, 1897 – Curitiba, Paraná, Brasil, 1971).
 
 

 

 

João Carlos Hey
Enviado por João Carlos Hey em 16/01/2021
Reeditado em 02/09/2023
Código do texto: T7161318
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.