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SEMPRE TU



Ela não é a do meu corpo, 
Eu nunca me gabei, 
Isso não é verdade 
E a escuridão triste em que me movo 
Não sabe nunca por onde eu passei. 

O desenho da tua boca, o brilho dos teus olhos, 
Somente eu falo deles, 
só eu sou tocado pela tua beleza
E o ar traz um rosto, um rosto amado, 
Um rosto amante, o teu rosto, 
A ti que não tens nome e que os outros ignoram. 
O mar  fala-te sobre mim, o céu diz-te sobre mim, 
E o sangue fervendo nos melhores momentos, 
O sangue da generosidade e ternura,
Transporta-te em mil enlevos. 

Canto a felicidade de te cantar, 
A candura de te esperar, a inocência de te conhecer, 
Ó tu que suprimes o esquecimento e a ignorância, 
Que suprimes a ausência e que me perdes no mundo, 
Eu canto por cantar, amo-te para cantar .
O mistério em que o amor me cria e se liberta. 
Tu és pura, 
Tu és ainda mais pura do que eu  próprio.





 

Ferreira Estêvão
Enviado por Ferreira Estêvão em 17/01/2021
Reeditado em 06/05/2023
Código do texto: T7161933
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