Editada

E sem querer,

te levei o coração novamente,

devagar,

silenciosa,

invadi tua vida,

compliquei a minha.

Trazendo o temporal,

a tempestade cinza,

em minha cabeça,

deixa me cega,

não vejo nada,

além de você.

Mostro-te,

mil possibilidades,

mil chances de um recomeço,

de algo que perdemos,

sem saber exatamente onde.

Você com seu sentimento de culpa,

e eu,

encarando a vida,

com olhos de criança,

como se visse tudo,

pela primeira,

e ultima vez.

E enquanto andava,

olhando para cima,

desenhando com a nunvens,

enfeitanto o céu,

trombei,

quase sem querer,

denovo,

na tua vida,

sem qualquer aviso,

voltei,

sem perguntar,

sem explicar,

sem dizer,

só voltei.

Como um fantasma,

venho atormentar,

teus pensamentos,

teus sentimentos,

bagunçar,

o que já estava enterrado,

resgatar os mortos.

E eu quero jurava ser,

ainda mais madura,

mais auto suficiente,

independente,

me vejo trocando passos com você.

Agora, caminhando sozinha,

refazendo a minha vida,

juntando pedaços desconexos,

de uma história mal contada,

onde muitas vezes,

tenho a impressão,

de que sou apenas quadijuvante.

Agora editada,

da única cena que participava,

fui manda embora,

desse filme que não faço parte.

Acabou,

as luzes se ascenderam,

revi um história tantas vezes passadas,

um pélicula furada,

repetida por diversar vezes em minha mémoria.

Comendo os últimos milhos de pipoca,

secando as últimas,

desta vez são as últimas lágrimas,

por mais tempo,

pode passar a eternidade,

o final do filme,

nunca vai mudar.