o poeta e a sereia
Pobre poeta, desolou-se e foi ao mar
Lá, pela sereia de olhos castanhos
Se encantou, teve sentimentos estranhos
E parou até mesmo de se lamentar.
Pouco se deixam amar as sereias, poeta
Acalma aí o teu acelerado coração
Elas estão além da humana dimensão
E não é qualquer sentimento que as afeta.
Queres, poeta, o amor de uma sereia?
Esquece, então, que procuras a calmaria
Prepara-te para a tempestade que ela semeia
Pois é lá que está o que tanto tens desejado
Mas tem a pergunta, poeta, que te traz agonia
Estás tu para o mar revolto preparado?
Cícero – 22-01-21