De paixão
De paixão
Sei contar nos dedos os idos anos que vivi.
Sei falar dos planos que, em devaneios traço por futuro.
Sei guardar segredos dos mais bobos até os mais obscuros...
Sei andar sem rumo nem norte,
Mesmo tendo nas mãos o mapa
Que me envereda sempre pro meu forte...
Sei de carinho, amor e sorte. Mas, de repente, certa de tanto saber
Me vi assustadoramente surpresa por não
Poder explicar ou delimitar
O exato momento que comecei a te amar.
Você é o acaso que se faz fato; o fato
Que se fez vida
Minha dose de desordem e harmonia
Meu descompasso em sintonia
Meu raciocínio sem lógica
Minha razão e alegria
Te amo.
Analúcia Azevedo. 2004.