De paixão

De paixão

Sei contar nos dedos os idos anos que vivi.

Sei falar dos planos que, em devaneios traço por futuro.

Sei guardar segredos dos mais bobos até os mais obscuros...

Sei andar sem rumo nem norte,

Mesmo tendo nas mãos o mapa

Que me envereda sempre pro meu forte...

Sei de carinho, amor e sorte. Mas, de repente, certa de tanto saber

Me vi assustadoramente surpresa por não

Poder explicar ou delimitar

O exato momento que comecei a te amar.

Você é o acaso que se faz fato; o fato

Que se fez vida

Minha dose de desordem e harmonia

Meu descompasso em sintonia

Meu raciocínio sem lógica

Minha razão e alegria

Te amo.

Analúcia Azevedo. 2004.

Analúcia Azevedo
Enviado por Analúcia Azevedo em 31/10/2007
Código do texto: T717077