MOÇA

Por que tu choras baixinho, encolhida no teu canto?

Não vês que em cada lágrima que rola neste teu rosto lindo,

dono de tanto encanto,

Vai minando pouco a pouco o que te sobra tanto?

E o que te assombra?

Medo da solidão?

Nascentes sós, e sozinhas, há de partir.

Em tua chegada, havia apenas uma pessoa que prometeu nunca soltar a sua mão,

Mas, por obra do Divino, a sua promessa teve de descumprir.

Então, moça, deixa ir.

O que te resta é teu próprio amor.

Então, moça, deixa ir.

Prometa-me que, por mais difícil que for,

quem por vontade não desejar ficar, tu deixarás que se vá.

Anna Lima
Enviado por Anna Lima em 29/01/2021
Reeditado em 17/01/2024
Código do texto: T7171867
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