Zona Norte do Rio de Janeiro

Subúrbio de carne e osso, subúrbio que persiste

Plumas e estradas de ferro

Eis onde caminho minha vida e escrevo minhas pedras

Escamosas ruas densas

Desas que as notícias noticiam como brutas

Pois não são!

Brutos são os que te comem

Te violam sem serenata

Sem cerimônia

Cerveja e samba que penetram minha alma

Minha terra prometida, a mim destinada ainda no berço

Corpos moldados a talho

Modas ditadas

Lajes que tocam e fazem seu céu em segredo

Os furos são avisos

Os furos são cobrados

Minhas ruas

Sinto quando te escrevo

Se sinta imortal, quando a ti for ler um curioso

Um vai

Um vem

Um não volta

Um são e salvo brilha

Temos que persistir

União e base

De forma nenhuma é só dor

A batida de teu coração embala até as festas deles

Você é como mulher amada

Te beijo a face

E te juro

A noite retornarei para você

Minha terra

Amada terra

Meu subúrbio

Meu amor

*Segunda versão

Paulo Tralbesi
Enviado por Paulo Tralbesi em 15/02/2021
Código do texto: T7184880
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.