Canto do Amor Sagrado

Eu ando assim meio aéreo

que nem quem fica volúvel...

e passa a viver nas nuvens

sem direção nem critério.

De pronto saí do sério

e, às vezes, me desconsolo

quando, indefeso, te olho

e esse teu olhar bonito

me entontece de infinito

Jogando-me céu nos olhos.

Até parece loucura

mas é puro encantamento

não ter outro pensamento

para outra criatura...

E ter crises de ternura

quase de perder o juízo

invadindo o paraíso

ao teu lado, de mãos dadas,

com a alma iluminada

pela luz do teu sorriso.

Fiquei louco de repente

dessa loucura divina

que cega, mas ilumina

tornando-nos inocentes...

Porque Deus protege a gente,

envolvendo-nos num véu,

que embora vagando ao léu

trilhamos por primaveras...

Por conquistar, sobre a terra,

um pedacinho de céu.

Hoje eu vivo encantado

qual os anjos e as crianças

por não perder a esperança

de ficar eternizado...

Tanto amante quanto amado

nessa crença além do fim...

porque me fizeste assim,

um devoto do que és

Por saber que, além da fé,

Tu és Deus amando em mim.

Vaine Darde
Enviado por Vaine Darde em 01/11/2007
Reeditado em 13/11/2012
Código do texto: T718951
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