Tecido
A um pingo de perder a luz me desenvolvo da pétala curvada e colho
Mais rápida do que pode
A saliva
Com que tua boca me morde
Na minha mente imaginativa
Teu olho no olho
Tem o volume perigoso
das horas. No meu bolso,
Quando vou buscar as chaves, tem
Teus dedos. Quando estou solto pela
Cidade, são tuas mãos que me arrastam,
São teus pelos que me arrepiam, são
Teus cheiros que me embriagam
Quando desamanhece e o dia aquece
Teu último beijo
Me impede
De morrer num mundo em que ainda possa haver um
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