Venha
Queres vir? Venha! Mas venha de corpo e alma
Venha com a calma
De quem sabe a intensidade que tem guardada em si.
Venha e esqueça a razão, esta assassina de vontades.
Venha sem abrir mão dos teus desejos e caminhos
Que podemos ir juntos e sozinhos.
Venha, mesmo com medo, mesmo com o coração em pedaços
Quem sabe juntando os cacos desfazemos os nós e criamos laços.
Apenas venha, se quiseres;
Sem ansiar pelo que pode acontecer, sem lamentar o que passou.
Venha sem pressa e sem promessa
Apenas venha por teus próprios passos.
Venha de coração aberto, mesmo que ferido esteja
Pois a cura não está na fuga.
Venhas! E não tente descobrir as incógnitas da vida
Apenas chegue sem esperar pela partida!
Cícero – 14-03-21