Palavras, Sonhos e Aquarela

Eu quero escrever

Ciente que seja você

O único amor do meu poema

Agora que habitas meu coração.

Sem perder um só instante da nossa calma distraída,

Rasgo palavras da folha que arde.

Sob um manto de estrelas,

A água vai fundindo cores.

Minhas mãos procurando seu rosto,

Retrato a lembrança de uma tatuagem na alma.

Cantiga na janela, salmo,

Oro agradecida, sei que é amor

Pois meu peito queima

Sempre que ouço seu nome.

Do ventre da noite

Você pode tirar os sonhos,

Hermetismo do infinito eu ousava chamá-lo.

Aquele olhar procurando,

O mar na falsa linha de um pôr do sol,

Buscando no horizonte por alguém, alguma coisa...

Mas navegando no profundo dos teus olhos, vejo vida,

Aperta o coração

Desta poeta que versa cores

Dando vida a esmaecida aquarela.

Juciane Afonso
Enviado por Juciane Afonso em 18/03/2021
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