Confidente

Eu sento calada

De frente a imensidão

E sussurro:

- Leva-me daqui,

Vento impuro

Faz-me prisioneira

De um determinado coração.

Ouço ao longe uma voz

Que ao meu pedido

Grita em contraste:

- Não será prisioneira

De quem já aprisionaste!

Levanto

Calada,

Porém consciente.

- Já és meu!- murmuro entre suspiros.

E o vento sorri

Confidente.