Minha garçonete

Naquela festa, tanta gente feliz e eu tão só.

Tantos abraços, amassos, beijos na boca.

Do choro do outro, ninguém tem dó.

Faz falta, alguém na nossa vida, um carinho.

Eu estava triste, dor crônica, louca.

Tanta alegria no salão e eu sozinho.

De repente, uma bela mulher me sorriu.

Comecei a gostar da balada e a me sentir feliz.

Ela me olhou diferente e me serviu...

Senti que ela se interessou por mim.

Por um quase-nada a beijei; por um triz.

O desejo de amor, absurdamente, nasceu assim.

Fiquei até o fim da festa, e a esperei lá fora.

Mas, um cara, mal-encarado, pegou na mão dela,

Entraram num táxi, partiram, foi a minha derrota.

Fiquei ali, o dia todo, de sentinela...

Chorei como um cão abandonado pela gata...

Minha garçonete, nem sabia que, já era a minha amada.