Palavras
Nas palavras do poeta,
A menina acreditou.
Em um mundo de poesias, onde amar não há limites!
Por sua magia, se enfeitiçou.
No olhar do poeta, viu um convite.
Na sua cama, só teve gemidos!
Em suas curvas, a poesia do poeta se espalhou.
A menina, enfeitiçada pelo poeta andarilho,
O seu bem mais precioso entregou.
O poeta, extasiado pela
Ninfa juvenil,
Na loucura do acaso,
Embriagou-se do seu corpo,
Bebendo até a última gota
Do seu suco juvenil.
Nos braços do que acreditava ser seu grande amor,
a menina apaixonada adormeceu.
Sob o olhar da Deusa- lua, o poeta admira, em seu leito, toda nua,
A menina que agora é mulher!
Último olhar.
Última carícia!
Último verso.
“Minha poesia a invadiu.
Tamanho amor proferiu.
Mas presa em ti não pode ficar.”
No refúgio da noite, o poeta fora embora.
A menina, ao acordar, vê os restos de poesia proferidos.
Do amor, que outrora falara que seria eterno,
Restaram vestígios e restos nos lençóis ali marcados,
Misturados com as sobras do amor prometido,
Que o poeta andarilho ali deixara.
Resume-se agora em um mero bilhete.
Lágrimas inquietas de sua face
começam a brotar .
A menina-mulher aprendeu as facetas
do amar.