Ultimo círculo

Teu corpo emana a luz

que alimenta os apetites primordiais.

Um desabar na língua quente,

vôo sútil,

fortuna das libélulas.

Na poeira das horas,

onde a tua falta é um grito na dimensão das células.

Todo dia vida e a cada dia morte

Ah, meu sol!

se soubesses as brisas Dantescas que sopram meu inferno!

E se pudéssemos, juntos congelar,

no último círculo, aquele dos traidores.

Nossa purga feita em festa, arautos da impossível salvação.

E para ser teus pés a beira do abismo,

Tragar tua queda dentro de mim.