ÚNICA RAZÃO

Tua simples presença, musa minha,

Por si só já toma, inteirinha,

Minh'alma...

Chegas com a suavidade da aurora

E, linda, num sorriso leva embora

A calma

Qu'inda há pouco peculiar me era

E, num instante, manter não mais pudera -

- Não... por mais que me esforçasse,

Jamais lograria eu explicar isso, que dá-se

Em mim...

Porque não há, no mundo, outra razão

Que me deixe esfacelado o coração

Assim...

Tu és a ardente chama que incendeia

Meu peito, qual foras da paixão a candeia,

A doce fonte de prazer que me transtorna,

Com essa pele lisa, encantadora, morna,

A despertar

Em meu ser esse amor sem fim que me arrebata

Qual fosse, de emoções, uma cascata

A derramar

Sobre este pobre amante uma torrente

Que hei de ter na memória eternamente,

Porquanto amar-te, ainda que uma vez,

É conhecer, enfim, a mor paixão que se desfez

Em luz,

Como a mostrar o caminho a ser seguido,

Neste mundo cruel, sem colorido,

Que aduz

Ainda, a tantos males, o desamor,

Ceifando vidas, da idade inda na flor;

Não fora, pois, amor, tua existência

E eu, por certo, não sofreria influência

Alguma

Dessa maravilhosa força da paixão

E nem haveria de sofrer meu coração

Nenhuma

Dor que decorresse da separação,

Porque, do amor, tu és a única razão.

Bom dia, amigos.

Ótima sexta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.

Obrigado, Helena, pela belíssima interação.

Tem beleza esplendorosa,

tão bonito como a rosa

perfumada, que me enleia,/

e meu coração incendeia.

(HLuna)

Obrigado, Jacó, pela primorosa interação.

A MUSA QUE SONHEI

Sempre que olho para musa sonhada,

Vejo a alma que encarnou em você.

O tempo passa, mas não muda nada,

Sou varrido pelo vento do querer.

Devo ao amor seguirmos a estrada,

Dos que se doam podendo lhe dizer,

Sempre que olho para musa sonhada,

Vejo a alma que encarnou em você.

Nos meus olhos percebe ser amada,

E nos seus sinto a reciprocidade.

Tal se lesse em noites estreladas,

Podendo sentir a nossa felicidade,

Sempre que olho para musa sonhada.

(Jacó Filho)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 23/04/2021
Reeditado em 23/04/2021
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