Poesia recauchutada
E o livro caminha...
Poesia do dia 09 de Maio de 2021.
A lua naufraga nos meus versos, no fundo dê um coração...
que escondo nos relâmpagos, onde te procuro,
para cicatrizar o meu recado mais dolorido,
não queríamos um amor infinito, não correspondido,
nem o beijo selvagem, que não roubei.
Agora o perfume de todos os entardeceres,
em que estavas comigo,
me empresta nova vida.
Que se libertem as nossas almas represadas,
nas pálpebras de uma infância que canta.
Singrarei por becos escuros, onde tuas pegadas deixaram raízes.
Escreverei o meu destino, com o silêncio dos teus olhos e da tua boca,
saboreando as gotas de chuva que banharam o teu corpo,
quando a tua claridade alimentava a minha alma.
Barthes.