O MILAGRE DO AMOR

As vezes eu saio de mim

Sou como o mar indo e voltando

Molhando a terra seca

e sem explicações...

Busco me compreender.

Hora estou longe,

noutra bem perto.

*

existe muito em mim encoberto.

Quantas tristezas

eu tento esconder

No meu mundo de ilusão,

*

Meu passado tão pesado e presente

vasculham-me a mente,

travam-me a garganta

a procura da fase perfeita

em que me perdi,

*

Onde o obscuro me refaz

E o que será que não

me lembro mais?

Deve haver uma intriga amarga

que me atormentar tão perversamente

e tão covarde,

não para de magoar

mais ferozmente,

*

A onde me desconheço.

Onde a angústia faz morada

e o nada me consola.

*

do nada imagino uma escada

um novo recomeço

e outra vez...

do primeiro degrau.

Vou limpando as fuligens

até alcançar o último,

vou clareando o que tranquei.

Talvez assim me ache

Ou quem sabe o milagre

do amor me leve.

Victória Moore
Enviado por Victória Moore em 27/05/2021
Reeditado em 27/05/2021
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