ABRI MEU CORAÇÃO

Sento-me á beira do mar

Meu eterno confidente

Olho absorta a imensidão das águas

Que tocam a linha do horizonte

Os olhos começam timidamente a chorar

E acabam por se rasgar

Numa verdadeira hecatombe

E uma onda ligeira

Corre para me consolar

Com seu lenço de espuma bordado

Por alguma exímia bordadeira

Tenta minha dor secar

Como se fosse possível, secar a fonte.

- Abre teu coração

E deixa saír as mágoas

Não aprisiones o que não te faz bem

O vento apercebeu-se do meu sofrer

Aproximou-se de mansinho

Beijou os meus cabelos

Fez tranças e caracóis

Com tanta ternura e carinho

Até a noite acabar

E quando acordou o amanhecer

Estava todo em doce desalinho

Eram os meus anelos

Á sombra dos meus sóis

Á medida que o vento

Afagava os meus cabelos

Fui ficando mais calma

E um profundo bem estar na alma

Mas o coração ainda pulava de aflição

Houvera sido humilhada, ofendida maltratada

Esquecer ofensa não é fácil não

Mas quando o coração

Está cheio de incondicional amor

Rezo a Deus uma oração

Com muita fé, pureza e fervor

E esqueço aquilo que não tem valor

E só dou importância

Á doçura boa que adoça o coração

O amor que sinto por ti meu amor!

©Maria Dulce Leitao Reis

Copyright 07/06/15

Maria Dulce Leitão Reis
Enviado por Maria Dulce Leitão Reis em 08/06/2021
Código do texto: T7274372
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.