Na íris da poesia
Na íris da poesia,
todos os dias,
são de alforria.
Em que essa mulher me escandaliza com arte,
em cada ponto uma luz,
seu sorriso lua blues,
no todo e nas partes.
Ela é ardentemente fêmea,
das cores do arco-íris,
alma gêmea.
Amo essa mulher,
que ama o amor de tal maneira,
que o sexo,
se torna quase que a leitura inteira,
de nosso próprio nexo.
Além do que a sua bela estampa,
em minha humanidade,
descampa uma flor exótica,
erótica,
nessa brutal cidade.
Pelos becos te segui.
E nessas latitudes e longitudes,
enquanto vivi,
mas não te amei,
não me atingi,
não conheci a plenitude.
Barthes.