COMO UM RIO

Escudo-me á sombra

Dos ramos negros da minha dor

Por onde corre um rio de lágrimas

Puras e cristalinas.

No meu peito

Bate um coração em arritmia

Pela cadência do amor

Fecho os olhos, oiço a música

Vejo o bailado, me vejo bailarina!

Danço e rodopio como uma pluma

Ao som de O Lago do Cisne

Em movimentos graciosos

Executo o ballotté e o arrondi

Abro os olhos

E a realidade

Me atira para um poço negro sem fim

Prestes a sucumbir

E tu nunca soubeste

O quanto me enamorei de ti!

Vivi toda a minha vida com fé

Á espera do meu grande amor

Quando o encontrei

Acreditei que tinha dado entrada no paraíso

Escudo-me á sombra

Dos ramos negros da minha dor!

Tu não acreditas

Mas eu te amo mais

Que á minha própria sorte

Amo-te tão verdadeiramente

Que me chega a doer o siso

Sem ti não sei mais viver

Sou como um rio seco

Esperando a morte…

Direitos de Autor

Maria Dulce Leitao Reis.

22/06/15

Maria Dulce Leitão Reis
Enviado por Maria Dulce Leitão Reis em 23/06/2021
Código do texto: T7285127
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