Houve dias que me apresentava como primavera, mas por dentro estava em tempestades. Eu tinha ventos de ciúme, chuvas de ansiedade, trovoadas de medos e raios de raiva.
 
Teve tempos que me apresentava como verão, mas por dentro estava frio. Eu tinha gelo de insegurança, coração empedrado para a solidariedade, tremia de timidez e me contraia fechando meus olhos aos necessitados.
 
Existiram momentos que me apresentava como inverno, mas por dentro estava em chamas. Eu tinha fogo de paixão, ardência de desejos, anseios ardentes e uma excitação abrasadora.
 
Agora vivo constantemente o outono, mas por dentro às vezes estou quente ou frio vivendo num imenso jardim repleto de flores. Hoje eu tenho um sol de esperança, uma lua de prudência, estrelas de alegrias, luz de sabedoria e um céu de amor.
 
Congelei minha fúria, esfriei minhas loucuras, e gelei minhas aflições. Diante dessa pandemia que estamos enfrentando não posso me apavorar, se não me estressarei, entrarei em pânico ficando deprimido e minha imunidade baixará sendo fácil o vírus me pegar e isso não quero, nem ser irritante, pois desejo ter saúde física e mental, porque ainda quero ver meu amor pra gente se amar bastante!