Ultimato

Fechando a porta,

Habitaremos em outro mundo,

Onde descansar é o que menos importa

E os músculos desobedecem a cada segundo...

Em fúria, agitam as trêmulas mãos,

Fraquejando, desengonçadamente,

Qual a pecadores pedindo por perdão,

Por atos que se fizeram eroticamente.

Trancafiados, apenas os corpos lascivos,

Pois libertos são os sentidos,

Os olhares latentes e desejos ativos,

Bailando, sem cadência e em sustenido.

Oculto, somente os pensamentos reais,

Pois é inegável o que está à flor da pele,

Afirmando que avidamente, fervem iguais,

Dando o ultimato que a paixão mais se revele...

Rio, 25/06/2021

Natomarkes
Enviado por Natomarkes em 25/06/2021
Reeditado em 25/06/2021
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