[Apenas... te amo...] (Dueto)


Do fundo da alma?
E terá a alma um “fundo”,
Se a penso qual o universo?

Amo-te... do fundo de min'alma, meu amor
Considerando que minh'alma... não tem fundo
Sim, amor!
Não amo como as limitadas almas que vivem na espacial dimensão que dela se sabe
E, portanto, amam até chegarem no fundo d'um amor que, por ter fundo, também acaba
(no fundo de uma estória)
Do amor de tais almas que infelizmente com o tempo... se afunda
[e, pelo que tantos lamentos se ouve...

Não, meu amor por ti ... é "infundável"

Não, não, não...
Meu amor por ti é, na verdade, "infindável"
Qual o cosmo que ness’instante nos abraça...
E, portanto, não a amo no fundo de nada
Até porque meu amor não conhece... o nada
[quando se sabe que existem partículas
Que flutuam no vácuo quântico...

E, concluindo, não te amo... no fundo de minh'alma
Vou para além de qualquer fundo imaginado
e que sem fronteiras se expande...

[Deste meu amor que não se ampara por nenhum "fundo de garantia"

Oh, não! Não amor com o amor de quem por desejar amar como que amparado por uma espécie...
... "de seguro de vida"
D'um amor que s'esgota no tempo e que, portanto, morre
E, como acolher tal paradoxo?
Se nosso amor é imortal?

Não, não e não! Impensável um amor finito...
Não tem um amor desses nenhum "cabimento"
E, assim, não será o meu (amor)
Meu amor não precisa de “fundo”...
E assim, amo sem nenhum "seguro de que se acabe"
E amo... sem nenhum “fundamento"

Onde, desculpe pelo desabafo, meu amor
No que você me perguntou se te amo... do fundo de minh'alma!!!

Apenas... te amo...




“H” e Juli Lima
















Melim - Dois Corações (Ouça)


















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