CONVERGÊNCIA

Te desejo nominativamente no presente,

não me interessam as declinações dos teus casos,

nem as pessoas do singular ou plural,

não quero vir a ter de ti tradução,

que tua essência permaneça no mistério da oração

e possam nossas línguas consentirem assimilação.

As palavras e fonemas, distinguíveis ou não,

trocadas de nossos lábios, formem um dialeto

das nossas vozes se engolindo em comunicação

e mediante o tempo conjuguemo-nos aqui e agora,

em que nossos olhares se cruzam ébrios

sincrônica e diacronicamente eternos

naquele ponto incerto em que te disse: Oi.

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 16/07/2021
Código do texto: T7300722
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