"O deus homem dos meus sonhos"

Como o autêntico ao fugir do sofisma

Fujo dessa realidade atroz

Aturdida em meio aos livros, agendas...

Aos temores e tremores

Às tristezas e dissabores

Às angustias e calores

Ter palpitando corpo carente

Por teu corpo tão ausente

Que saudade grande me traz!

Em vasta melancolia

Misturo emocional ao espirito

Faço tombar o material

Na interrogativa do porquê

Que fazes meu corpo sofrer

Se te preciso, mas não vens

Meu cúmplice...

Meu bandido...

Meu poeta...

Meu bálsamo...

Meu amor!

Amor que me faz voar

Ultrapassar vales, desilusões...

Montanhas... concepções

Navego no mar profundo

No silêncio e em trevas te vejo

Atraco no porto seguro

Da companheira perseverança

Que se entrelaça à esperança

De em breve te abraçar

Certeza de te querer mais e mais

Te quero!

Como rio quer as águas

Como seta almeja centrar o alvo

Como relva quer orvalho

E alvorecer o amanhecer

Num desejo estonteante

Como sedento anseia água

E faminto precisa comer

Como ouvinte entender parábolas

E almejando novas plumagens, a águia saturada

Alma intercalada de amor

Tal qual: Móvel antigo ao seu museu

Canoa boiando ao seu remo

Ou Julieta ao seu Romeu

Ver que esse incôndito desejo

Transforma plural em singular

Virtual em original

Fictícia em autenticidade

Na supremacia desse amor

Você!

Luz das minhas inspirações

Em dias tão conturbados...

Em sublime edificação

Como escultor envaidecido

Ao erguer sua escultura

Ou escritor deslizando a caneta

Em composição harmoniosa

Com notas tão preciosas

De poesia em canção

Acariciando teclas; voa e afasta medo

Medo da decepção

Do que sonha ao acordar

Medo que ofusca realidade

De um carente trovador

Que se apega ao seu clamor

Clamor, súplica ao provedor

Ver meu deus-homem voltar

Envolver-me então seu corpo

Regar-me em doces beijos

Beijos, corpos...

Corpos, beijos...

Beijos ardentes, sinceros

Corpos que emanam desejos

Inseridos e arrebatados

Num gozo extremo transpor

Os limites mais densos...

Carícias que debulham a alma

Me fazendo imortal

Indo às estrelas ter nas entranhas

Esse deus-homem sem igual

AnjoLuzPoetiza
Enviado por AnjoLuzPoetiza em 09/11/2007
Reeditado em 02/09/2008
Código do texto: T730772
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