GRAVURA... (NA ESTAÇÃO)

Depois de um breve período de tempo, finalmente

deixava o trem a plataforma...

Eu vi aos poucos desaparecer das minhas vistas lentamente

o lindo rosto, que não poder ver novamente,

minha alma ainda hoje não se conforma...!

Quem sabe, fosse ela a serpente

que em um lindo anjinho se transforma...?

Vendia ela doces caseiros, e em minha mente

era ela a própria figura

da doçura,

de mulher em forma...!

Com suas mãos estendidas estava ela

(pela do trem eu via na janela)

à espera de que alguém (ah... Deus Senhor)

adquirisse, e sua espera não fosse vã,

alguém adquirisse a maçã

que então vendia, a maçã do amor...!

Aquele quadro ficará eternamente

pendurado na parede da minha mente;

porquê eu sentia (ah... Deus Senhor)

que ela esperava que sua espera não fosse vã,

que eu fosse aceitar sua maçã;

sua maçã, e também o seu amor...!

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(Geraldo Coelho Zacarias)

Coelho Zacarias
Enviado por Coelho Zacarias em 28/07/2021
Código do texto: T7308898
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