Diamante

Diante da chama vacilante,

Eu a observo apagar.

Lembro-me de quando eu tive o meu diamante,

Até ela me deixar.

A chama amor de tão ofuscante,

Fez o meu olho lacrimejar.

Dizem que ainda é a saudade...

Meu último esforço é para negar.

Disseram-me que o tempo cura.

Mas, não que é como merthiolate.

A cada dia, me perco na lembrança,

E a cada dia, a ferida arde.

A escuridão parece o único caminho,

É onde o recordar me levou,

Enquanto soprava a ferida que ardia

A chama apagou.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 02/08/2021
Código do texto: T7312579
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