Sorte
Um sopro de vida entrou pela minha janela com nome de amor.
Balançou cortinas,
Derrubou móveis
Desfez certezas...
Sorriso tímido a desvelar sutilezas
Que distraído, o olhar não mirou!
É o toque que anuncia o arrepio na pele
A Voz que sussurra obscenidades, fala de amor
Abraço que estremece o corpo, aquece o peito
O instante que dissipa o medo.
Olhar que torna caçador em caça, e faz da caça, caçador.
É o corpo que responde involuntário a cada toque
Onde tuas mãos percorrem atrevidas, súbitas a me desnudar.
Nas entrelinhas do seu corpo se escondem segredos
Que com as pontas dos dedos
Eu quis decifrar.
O eterno e o efêmero a dançar com a morte,
E veja que sorte,
O amor me encontrar!