Sorte

Um sopro de vida entrou pela minha janela com nome de amor.

Balançou cortinas,

Derrubou móveis

Desfez certezas...

Sorriso tímido a desvelar sutilezas

Que distraído, o olhar não mirou!

É o toque que anuncia o arrepio na pele

A Voz que sussurra obscenidades, fala de amor

Abraço que estremece o corpo, aquece o peito

O instante que dissipa o medo.

Olhar que torna caçador em caça, e faz da caça, caçador.

É o corpo que responde involuntário a cada toque

Onde tuas mãos percorrem atrevidas, súbitas a me desnudar.

Nas entrelinhas do seu corpo se escondem segredos

Que com as pontas dos dedos

Eu quis decifrar.

O eterno e o efêmero a dançar com a morte,

E veja que sorte,

O amor me encontrar!

Marcilaine Andrade
Enviado por Marcilaine Andrade em 21/08/2021
Código do texto: T7325344
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